política
Também é dever da Elenag mediar as relações entre os cinco Estados de cada Anel. Porque todos os países da Terra contribuíram para a construção dos Anéis Estelares, todos têm direito a um Estado; a partilha foi feita de modo que cada país recebesse um número de Estados proporcional à sua respectiva população. Esse critério foi sugerido pelo governo chinês, o que causou controvérsia, já que ele garantiria à China um número altíssimo de Estados. De modo ainda mais controverso, nações mais ricas exigiram um número maior de Estados para si, sob o pretexto de que haviam contribuído mais para a construção dos Anéis.
Não obstante, ambos os critérios foram aceitos, o que permitiu que China, Índia, União Europeia, América do Norte e o Mercosul possuíssem um Anel inteiro cada – além dos Estados que já possuem em Anéis compartilhados. Todos os outros são divididos por países diferentes, algo que levou a sociedades multiculturais altamente integradas no interior de cada Anel – e, diferente do ocorre nas Províncias Marcianas, existe certo nível de migração entre os Estados.
Isso inclui “migração digital”: o acesso de servers e ambientes Cybermat de um Estado por usuários de fora. Ademais, enquanto a migração para dentro e para fora de Marte é relativamente incomum (nem todos conseguem permissão para morar lá, e poucos são os marcianos dispostos a deixar seu planeta), a migração entre os Anéis, a Lua e a Terra é relativamente alta. Isso se deve a duas razões principais: primeiro, porque as leis de admissão nos lares siderais são mais lenientes que as de Marte, e, segundo, porque alguns siderais simplesmente não gostam de viver nos claustrofóbicos e excessivamente cibernéticos Anéis.
Também de forma diferente do que ocorre em Marte, siderais de diferentes identidades etnoculturais nem sempre se adaptam a toda essa diversidade. No geral, as relações culturais e raciais dentro dos Anéis se passam de forma bem parecida às da Terra: cidadãos de Estados menos desenvolvidos costumam se mudar para aqueles com melhores condições de vida e de trabalho – vale notar que, embora a Elenag garanta que nenhum Estado fique desamparado, as condições econômicas e sociais de um país quase sempre se refletem em seus respectivos Estados Siderais.
Isso ocorre particularmente nos Anéis povoados por países com acentuadas diferenças sociais entre eles, mas, também, naqueles administrados exclusivamente por nações desenvolvidas – que, assim como suas metrópoles, possuem grandes comunidades estrangeiras.
Por outro lado, o isolamento e a fragilidade dos Anéis gerou um forte senso de comunidade entre seus habitantes. Há um dito popular que define bem a visão que os siderais têm de si mesmos: “siderais podem zombar uns dos outros, mas ninguém zomba dos siderais”. Embora não sejam tão tolerantes culturalmente quanto os marcianos, o orgulho do povo dos Anéis é maior – orgulho não pela metrópole, mas pelo próprio Anel. É muito comum acontecer de um chinês do Anel de Achernar, por exemplo, sentir-se mais próximo de um japonês achernari que de um chinês da Terra.
Os governos Estaduais sabem muito bem disso, e promovem eventos interestaduais voltados à promoção de maior entendimento cultural. Esses eventos variam muito de um Anel para o outro, e são populares até fora da comunidade sideral.
Não obstante, ambos os critérios foram aceitos, o que permitiu que China, Índia, União Europeia, América do Norte e o Mercosul possuíssem um Anel inteiro cada – além dos Estados que já possuem em Anéis compartilhados. Todos os outros são divididos por países diferentes, algo que levou a sociedades multiculturais altamente integradas no interior de cada Anel – e, diferente do ocorre nas Províncias Marcianas, existe certo nível de migração entre os Estados.
Isso inclui “migração digital”: o acesso de servers e ambientes Cybermat de um Estado por usuários de fora. Ademais, enquanto a migração para dentro e para fora de Marte é relativamente incomum (nem todos conseguem permissão para morar lá, e poucos são os marcianos dispostos a deixar seu planeta), a migração entre os Anéis, a Lua e a Terra é relativamente alta. Isso se deve a duas razões principais: primeiro, porque as leis de admissão nos lares siderais são mais lenientes que as de Marte, e, segundo, porque alguns siderais simplesmente não gostam de viver nos claustrofóbicos e excessivamente cibernéticos Anéis.
Também de forma diferente do que ocorre em Marte, siderais de diferentes identidades etnoculturais nem sempre se adaptam a toda essa diversidade. No geral, as relações culturais e raciais dentro dos Anéis se passam de forma bem parecida às da Terra: cidadãos de Estados menos desenvolvidos costumam se mudar para aqueles com melhores condições de vida e de trabalho – vale notar que, embora a Elenag garanta que nenhum Estado fique desamparado, as condições econômicas e sociais de um país quase sempre se refletem em seus respectivos Estados Siderais.
Isso ocorre particularmente nos Anéis povoados por países com acentuadas diferenças sociais entre eles, mas, também, naqueles administrados exclusivamente por nações desenvolvidas – que, assim como suas metrópoles, possuem grandes comunidades estrangeiras.
Por outro lado, o isolamento e a fragilidade dos Anéis gerou um forte senso de comunidade entre seus habitantes. Há um dito popular que define bem a visão que os siderais têm de si mesmos: “siderais podem zombar uns dos outros, mas ninguém zomba dos siderais”. Embora não sejam tão tolerantes culturalmente quanto os marcianos, o orgulho do povo dos Anéis é maior – orgulho não pela metrópole, mas pelo próprio Anel. É muito comum acontecer de um chinês do Anel de Achernar, por exemplo, sentir-se mais próximo de um japonês achernari que de um chinês da Terra.
Os governos Estaduais sabem muito bem disso, e promovem eventos interestaduais voltados à promoção de maior entendimento cultural. Esses eventos variam muito de um Anel para o outro, e são populares até fora da comunidade sideral.