estrutura
Na década de 2140, a superpopulação na Terra e na Lua forçou a humanidade a procurar novos abrigos exoterrestres. À época, a ONU recebeu dois projetos, Asteria e Ares; o primeiro propunha a construção de cidades espaciais entre as órbitas da Terra, de Vênus e de Marte, enquanto o segundo almejava a colonização da própria Marte.
O Planeta Vermelho foi, de fato, ocupado posteriormente, mas naqueles anos o Projeto Asteria é que foi escolhido como a solução para o dilema da humanidade; embora a construção dos chamados Anéis Estelares fosse cara, sua preferência deveu-se ao fato de Marte ser longínqua demais, além do que, uma vez concluídos, os Anéis serviriam de plataforma para a colonização de regiões mais distantes.
E, por essa razão, os primeiros setenta e cinco Anéis foram construídos entre as órbitas da Terra e de Marte – os “Anéis Externos” –, enquanto os vinte e cinco restantes foram dispostos entre as órbitas da Terra e de Vênus e foram chamados de “Anéis Internos”. Do ponto de vista terrestre, eles não são estacionários, e por isso aparecem e somem dos céus terranos como ocorre com os planetas. Além disso, todos possuem motores que corrigem suas posições orbitais e velocidade sempre que estas são alteradas pela gravidade solar e planetária.
A estrutura de cada Anel Estelar é essencialmente a mesma: caracteriza-se como um gigantesco anel girando a uma velocidade que gera força centrífuga suficiente para criar uma falsa “gravidade” em sua face interna, equivalente à terrestre. A face externa é coberta por camadas de titânio por baixo de mais camadas de painéis solares. Essa face fica sempre voltada para o sol, de forma a absorver o máximo de energia solar. Ao longo das bordas do Anel, há refratores que redirecionam a luz solar para um cristal gigante que flutua bem no centro do círculo, servindo, assim, de “sol” para os habitantes da estação.
Originalmente, tanto a gerência quanto a manutenção de cada Anel ficava sob a responsabilidade de suas respectivas metrópoles; após a criação da Elenag, esta passou não somente a compartilhar dessa tarefa, como ainda recebeu poderes de mediação, podendo até anular decisões de governadores em casos específicos. Dentro de cada Anel, as Muralhas são território exclusivo da agência; elas são barreiras dispostas ao longo das bordas internas, e não só protegem do vácuo, como ainda abrigam usinas de energia – tanto nuclear quanto de antimatéria – e geradores de ar.
Elas também abrigam escritórios da Elenag e os terminais Shenjing (“neurônios” em chinês). Este é um sistema especial que permite à Elenag administrar e monitorar o Anel inteiro, permitindo-lhe acessar os suprimentos de energia, água e ar, as redes digitais, os meios de transporte, até o posicionamento orbital e a rotação. A central de comando da agência dentro do Anel é um setor especial chamado Naoh (palavra chinesa para “cérebro”)
A face interna – ou o Ciclo – é igualmente dividida em cinco Estados, cada um reservado a um país diferente e administrada por um governador. Separando-os uns dos outros, existem imensos Portões que só podem ser atravessados por trem ou por passagens especiais. Cada Estado possui sua própria infraestrutura, porém a quantidade de água e energia de que dispõe é proporcional à sua população, e rigorosamente controlada através do Shenjing para evitar a divisão injusta de recursos.
O Planeta Vermelho foi, de fato, ocupado posteriormente, mas naqueles anos o Projeto Asteria é que foi escolhido como a solução para o dilema da humanidade; embora a construção dos chamados Anéis Estelares fosse cara, sua preferência deveu-se ao fato de Marte ser longínqua demais, além do que, uma vez concluídos, os Anéis serviriam de plataforma para a colonização de regiões mais distantes.
E, por essa razão, os primeiros setenta e cinco Anéis foram construídos entre as órbitas da Terra e de Marte – os “Anéis Externos” –, enquanto os vinte e cinco restantes foram dispostos entre as órbitas da Terra e de Vênus e foram chamados de “Anéis Internos”. Do ponto de vista terrestre, eles não são estacionários, e por isso aparecem e somem dos céus terranos como ocorre com os planetas. Além disso, todos possuem motores que corrigem suas posições orbitais e velocidade sempre que estas são alteradas pela gravidade solar e planetária.
A estrutura de cada Anel Estelar é essencialmente a mesma: caracteriza-se como um gigantesco anel girando a uma velocidade que gera força centrífuga suficiente para criar uma falsa “gravidade” em sua face interna, equivalente à terrestre. A face externa é coberta por camadas de titânio por baixo de mais camadas de painéis solares. Essa face fica sempre voltada para o sol, de forma a absorver o máximo de energia solar. Ao longo das bordas do Anel, há refratores que redirecionam a luz solar para um cristal gigante que flutua bem no centro do círculo, servindo, assim, de “sol” para os habitantes da estação.
Originalmente, tanto a gerência quanto a manutenção de cada Anel ficava sob a responsabilidade de suas respectivas metrópoles; após a criação da Elenag, esta passou não somente a compartilhar dessa tarefa, como ainda recebeu poderes de mediação, podendo até anular decisões de governadores em casos específicos. Dentro de cada Anel, as Muralhas são território exclusivo da agência; elas são barreiras dispostas ao longo das bordas internas, e não só protegem do vácuo, como ainda abrigam usinas de energia – tanto nuclear quanto de antimatéria – e geradores de ar.
Elas também abrigam escritórios da Elenag e os terminais Shenjing (“neurônios” em chinês). Este é um sistema especial que permite à Elenag administrar e monitorar o Anel inteiro, permitindo-lhe acessar os suprimentos de energia, água e ar, as redes digitais, os meios de transporte, até o posicionamento orbital e a rotação. A central de comando da agência dentro do Anel é um setor especial chamado Naoh (palavra chinesa para “cérebro”)
A face interna – ou o Ciclo – é igualmente dividida em cinco Estados, cada um reservado a um país diferente e administrada por um governador. Separando-os uns dos outros, existem imensos Portões que só podem ser atravessados por trem ou por passagens especiais. Cada Estado possui sua própria infraestrutura, porém a quantidade de água e energia de que dispõe é proporcional à sua população, e rigorosamente controlada através do Shenjing para evitar a divisão injusta de recursos.